terça-feira, 6 de novembro de 2012

PROJETO DE LEITURA


LER, INTERPRETAR E DRAMATIZAR: NO MUNDO DA LEITURA VIAJAR

Projeto desenvolvido nas aulas de Língua Portuguesa , tendo como público alvo alunos do 7ºano C,D e 8 C sob orientação da Professora Marilza Nunes de A. Nascimento .





GESTORES ESCOLAR: Professor Fábio Zanata e Ana Lúcia Ferreira Vasconcellos
COORDENAÇÃO: Professor Augusto Francisco Teixeira e Professora Michelli Fernanda de Souza
PROFESSORES RESPONSÁVEIS: Marilza Nunes de A. Nascimento e Célia Patussi de Oliveira Canuto
DURAÇÃO: Setembro a Novembro de 2012
PÚBLICO ALVO: 7º C, D e 8º C Ensino Fundamental
TURNO: vespertino
1. INTRODUÇÃO
É sabido que através da leitura podemos viajar por lugares dantes percorridos e, é por meio dela também, que se consegue a emancipação intelectual do indivíduo em relação à interpretação oral, escrita e a produção textual, a amplitude linguística. A leitura em parceria com teatro tem o poder de transformar as pessoas e consequentemente o mundo, pois se pode representar fatos e atos baseados em textos literários ou não, reais ou fictícios, despertando nos envolvidos o senso crítico, formação cultural e cidadã.
Nesse contexto, a leitura crítica sempre leva a produção ou construção de um outro texto: o texto do próprio leitor. Em outras palavras, a leitura crítica sempre gera expressão: o desvelamento do SER leitor. Assim, este tipo de leitura é muito mais do que um simples processo de apropriação de significado; a leitura crítica deve ser caracterizada como um estudo, pois se concretiza numa proposta pensada pelo ser-no-mundo, dirigido ao outro. (SILVA, 1985). Brandão (1997) nos afirma que o leitor se institui no texto em duas instâncias:"No nível pragmático, o texto enquanto objeto veiculador de uma mensagem está atento em relação ao seu destinatário, mobilizando estratégias que tornem possíveis e facilitem a comunicação". No nível lingüístico-semântico, o texto é uma potencialidade significativa que se atualiza no ato da leitura, levado a efeito por um leitor instituído no próprio texto, capaz de reconstruir o universo representado a partir das indicações, pistas gramaticais, que lhe são fornecidas." (p. 77). Nessa perspectiva, o leitor crítico, ao (re) produzir o texto deixará ali suas marcas ideológicas podendo ser questionadas, interpretadas e analisadas por outro leitor.
Assim, acredita-se que o teatro pode funcionar como um elemento de atração para estimular a leitura e despertar no envolvido, tanto espectador como ator, a criticidade em relação ao texto apresentado e a contextualização dele com o mundo.
Como afirma Souza (1992, p.22)
"Leitura é, basicamente, o ato de perceber e atribuir significados através de uma conjunção de fatores pessoais com o momento e o lugar, com as circunstâncias. Ler é interpretar,encenar uma percepção sob as influências de um determinado contexto. Esse processo leva o indivíduo a uma compreensão particular da realidade".

Sabe-se das dificuldades que são encontradas ao trabalhar com o rico universo da leitura porque, infelizmente, o brasileiro não tem o hábito de ler e, a cultura do entretenimento veiculada pelas mídias (televisão, internet, etc.) está muito arraigada no cotidiano deles, fazendo com que leitura e teatro não sejam tão valorizados. Isso é um grande desafio que vale a pena, pois se acredita na transformação dessa realidade, tendo em vista que jovem ou estudante de qualquer idade, através do teatro, terá mais interesse a leitura ao descobrir valores e prazeres que só a literatura pode dar. Aposta-se no potencial desse projeto como elemento valorizado e conscientizador da cultura nacional e propiciador à formação de leitores.
Justifica-se o desenvolvimento deste projeto na referida escola por perceber a necessidade de despertar no aluno o gosto pela leitura, a competência linguística no que se refere à interpretação, a produção oral e escrita, como também tornar as aulas de leitura dinâmicas e atraentes. Por meio da avaliação institucional aplicada pela Secretaria de Educação de Mato Grosso do Sul, diagnosticou-se alta deficiência de aprendizagem nos alunos. Isso levou os profissionais envolvidos neste trabalho a questionar-se: Será que o problema não está relacionado à interpretação em consequência o não hábito da leitura? Dessa forma, a fim de superar esse problema é que os referidos professores resolveram mudar sua postura metodológica em relação às disciplinas que os mesmos atuam: Língua Portuguesa,Literatura e atividades.
2. OBJETIVOS:
. Atuar como agente incentivador da leitura.
. Promover e resgatar o papel da escola como vetor do conhecimento, entendimento e valorização da literatura.
.Proporcionar ao aluno a emancipação intelectual no que se refere a leitura, escrita e interpretação.
. Adaptar textos literários nacionais para o público estudantil, aproximando-os a diversos gêneros textuais transformando leituras obrigatórias em fontes de prazer e conhecimento.
. Levar o teatro à sala de aula como forma de entretenimento através de propostas metodológicas inovadoras para professor e aluno, a fim de promover neles a criatividade, o senso-crítico, o espírito de liderança e a análise em cima das múltiplas possibilidades da obra literária e do entendimento do papel do teatro.
PROCEDIMENTO METODOLÓGICO:
1º Momento: Semanalmente o aluno irá ler obras literárias sugeridas pelos professores;
2º Momento: Com ajuda do professor, o aluno, em grupo, irá adaptar a obra lida ao texto dramático (teatro)
3º Momento: Revisão do texto pelo professor;
4º Momento: Divisão das tarefas, escola dos personagens, ensaios;
5º Momento: Apresentação da peça à comunidade escolar interna e aos pais.
AVALIAÇÃO:
Dar-se-à durante todo processo, em que será observado o envolvimento do aluno, pontualidade na execução das tarefas propostas, a produção escrita ao adaptar o texto ( pertinência ao tema proposto, coerência, coesão e concisão textual), interpretação e análise crítica da obra por meio de resenhas e discussões em sala de aula.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS:
BRANDÂO, Helena; MICHELETTI, Guaraciaba. Teoria e prática da leitura. In: Ensinar e aprender com textos didáticos e paradidáticos. São Paulo: Cortez, 1997.
PELLEGRINI, Domingos. A árvore que dava dinheiro. São Paulo: Ática, 2001
SILVA, Ezequiel T. Leitura: algumas raízes do problema. Campinas, FE/UNICAMP, 1985.
SOUZA, Renata Junqueira de. Narrativas Infantis: a literatura e a televisão de que as crianças gostam. Bauru: USC, 1992.
Texto: Professora Marilza


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